domingo, 30 de outubro de 2011

31/10 - DIA DO POETA CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE



Carlos Drummond de Andrade ganha dia em sua homenagem na segunda (31/10)
      Projeto do Instituto Moreira Salles celebra o Dia D, amanhã, 31 outubro de 2011 quando Carlos Drummond de Andrade completaria 109 anos. A proposta é criar data especial em homenagem ao poeta.

 ALGUMAS CURIOSIDADES SOBRE O AUTOR

Ø  Carlos Drummond de Andrade nasceu na cidade de Itabira do Mato de Dentro, em Minas Gerais. Criado sob rígida educação católica, o primeiro colégio que o poeta estudou foi o Grupo Escolar Coronel José Batista.
Ø  Aos 13 anos Drummond foi convidado para dar palestras no Grêmio dramático e Literário Artur de Azevedo.
Ø  Em 1918, o poeta foi matriculado no internato Anchieta, da Companhia de Jesus, na cidade de Nova Friburgo, mas foi expulso aos 17 anos porque se desentendeu com o seu professor de português. Nesta época, o poeta era conhecido como “general” por causa de seu jeito altivo.
Ø  Em 1920 a família dele mudou-se para Belo Horizonte. Os primeiros trabalhos do poeta começaram a ser publicados no jornal Diário de Minas na seção “Sociais”. A vida na capital mineira permitiu que ele conhecesse escritores e políticos que freqüentavam a Livraria Alves e o Café Estrela.
Ø  Quando já morava em Belo Horizonte havia dois anos, o conto “Joaquim no Telhado” rendeu ao poeta um prêmio de 50 mil-reis. Passou a publicar seus trabalhos também no rio de Janeiro.
Ø  EM 1923, o poeta resolveu fazer uma faculdade e se matriculou Escola de Odontologia e Farmácia em Belo Horizonte.
Ø  Os primeiros contatos entre Drummond e os modernistas aconteceram em 1924. Conheceu os poetas Mário de Andrade e Oswald de Andrade e a pintora Tarsila do Amaral.
Ø  Drummond se casou com Dolores Duarte de Morais em 1925 e voltou para Itabira, onde passou a dar aulas de Geografia e Português no Ginásio Sul-americano.
Ø  A revista Antropofagia, de São Paulo, publicou seu poema “No meio do caminho”, que se transformou em um escândalo literário. Drummond foi um dos ativistas da semana de 22. Passado muitos anos, mais maduro, firmou que, embora o movimento tenha sido importante para a literatura nacional, “permitiu que todo mundo que não sabia escrever, escrevesse”.
Ø  Sua única filha, Maria Julieta, nasceu em 1928. Drummond atuou na Secretaria de educação de Minas Gerais e ocupou diversos cargos ligados à educação e à cultura tanto em Minas como no Rio de Janeiro.
Ø  O poeta, que sempre fez questão de levar uma vida reclusa, começou a dar entrevistas só em 1984, mostrando-se uma pessoa afável e melancólica. Já velho e magrinho, costumava caminhar todas as tardes pela praia de Copacabana, no Rio de Janeiro.
Ø  Dias antes de morrer, Drummond disse a sua médica, Elizabete Viana de Freitas:
Ø  “Ah, Elizabete, eu sei que você não pode, mas o que eu queria mesmo era um infarto fulminante”.  
Ø  O poeta morreu no dia 17 de agosto de 1987, de problemas cardíacos, 12 dias depois da morte de sua filha Maria Julieta. Ela tinha 59 anos e passou dois anos lutando contra um câncer. Pai e filha chegaram a travar uma disputa verbal para ver quem morreria antes, de forma que o primeiro não sofresse com a perda do outro. No velório de  Maria Julieta, Drummond disse a um amigo: Isto não está certo, ela deveria ficar para fechar os meus olhos.
Ø  Drummond era agnóstico e pediu que nenhuma homenagem ou oração fossem feitas em seu sepultamento. Também não queria cruz ou símbolos religiosos . Seu enterro, realizado no cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro, reuniu cerca de 880 pessoas, entre amigos, parentes, artistas, políticos e fãs. Seu corpo foi enterrado ao lado da filha.
Ø  O ano de 2012 vai marcar os 110 anos de nascimento de Carlos Drummond de Andrade e os 25 de sua morte, datas que prometem uma série de novidades. O poeta vai ganhar casa nova, ou seja, depois de 27 anos tendo seus livros publicados pela Record, a Companhia das Letras começa a reeditar toda a obra do escritor, com novo projeto gráfico e conselho editorial próprio. Drummond também será homenageado em Paraty, já que será o tema da Flip do próximo ano.

(TEXTO ADAPTADO  DE  O GUIA DOS CURIOSOS - Marcelo Duarte)

sábado, 29 de outubro de 2011

DIA NACIONAL DO LIVRO

 
 
O Dia Nacional do livro comemora a fundação da Biblioteca Nacional, que nasceu com a transferência da Real Biblioteca portuguesa para o Brasil. O acervo tinha 60 mil peças, entre livros, manuscritos, mapas, moedas, medalhas etc. tudo acomodado nas salas do Hopital da Ordem Terceira do Carmo. Em 29 de outubro de 1810, a biblioteca foi transferida, e essa passou a ser a data oficial de sua fundação.... Até o ano de 1814, os estudiosos precisavam de autoriazação prévia para consultá-la.
A proposta hoje é tirar uns momentos para resgatar o registro emocional que ficou em você de um livro que tenha lido, não importa quando.
Tenho uma lista dos meus resgates:
Ensaio sobre a cegueira de José Saramago
Mentiras no divâ de Irvin D. Yalom
Noites do Sertão de João Guimarães Rosa
Perdas & Ganhos de Lya Luft
Pelo amor ou pela dor de Rick Medeiros
O Código de Vinci De Brown 

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

DE OLHO NO ACORDO ORTOGRÁFICO





"A língua é a única ferramenta que fica mais afiada com o uso.”
(Washington Irving. In: Revista LP, ano II, nº 14)


     Em 2012, entrará em vigor o novo acordo ortográfico no sistema educativo português, ou seja, algumas palavras passarão a ser escritas de forma diferente. Os novos manuais já contemplam o novo acordo, bem como os livros editados recentemente por isso, torna-se necessário que você fique de olho nas novas regras de acentuação.
Vejamos:

      As palavras paroxítonas (aquelas cujas sílabas pronunciada com maior intensidade é a penúltima) em que aparecem os ditongos abertos ei e oi não são mais acentuadas:
 Como era: boléia, heróico, idéia, bóia, estréia,  jóia, jibóia assembleia
Como fica: boleia, heroico, ideia, boia, estréia, jóia, jibóia, assembléia
     O hiato OO não mais recebe acento circunflexo:
Como era: perdôo, vôo, enjôos
Como ficou: perdoo, voo, enjoos
    Vale ressaltar: O acento agudo dos ditongos abertos ÉI e ÓI só desapareceu nas   palavras paroxítonas. As oxítonas (incluindo-se aí os monossílabos tônicos terminados em ÉI, ÉU e ÓI) continuam recebendo acento gráfico.
Exemplos: papéis, céu herói.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

27/10 Aniversário de Maurício de Sousa


     Mauricio de Sousa é sem sombra de dúvida o maior cartunista brasileiro voltado para o mundo infanto-juvenil, mas que agrada também os adultos e criador da famosa "Turma da Mônica"
    Nascido no dia 27 de outubro de 1935, em Santa Isabel, São Paulo, filho do barbeiro Antônio Mauricio de Sousa e da poetisa Petronilha Araújo de Sousa e deve ter herdado de sua mãe o gosto pela arte.
     Quando menino, na cidade de Mogi das Cruzes, próxima a São Paulo, Mauricio de Sousa vivia como as outras crianças: morava numa casa sem muros, andava descalço, jogava futebol no campinho, saía com o cachorro, brincava de pular corda, de fantasiar e viver aventuras. O tempo passou, e o menino deu um jeito de manter intacto o mundo à sua volta, recriando o cenário da infância nas páginas dos quadrinhos. Suas histórias parecem simples, cotidianas, corriqueiras. E são mesmo. Tão simples que podem ser entendidas por qualquer um que já foi criança um dia. Catalão, javanês, grego, coreano, alemão, francês e italiano são algumas das línguas em que as histórias da Turma da Mônica já foram publicadas.
     A primeira revista inspirada na filha primogênita de Mauricio saiu em português mesmo, em 1970. Quem era criança, na época, já cresceu.Mas,“por nostalgia ou por gostar da linguagem simples e direta dos gibis”,muitos continuam a acompanhar a turma. Talvez isso explique por que boa parte de seus leitores de hoje são adultos.Mauricio trabalhou em rádio, deu aulas de canto e dança, foi repórter policial, fez tiras de jornal para ajudar no orçamento familiar e depois se tornou o mais popular quadrinista do país.Mas diz que ainda se parece com o menino do interior. No ano em que a Turma da Mônica chega a seu 35o aniversário, suas histórias nos levam a crer que ainda há tempo para observar a vida e desfrutar pequenas felicidades.


quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Uso da Cedilha

 
 
 
 
Uma aulinha para aqueles que têm o hábito de escrever VOCÊ com Ç. Há um número enorme por aqui, inclusive jornalistas.
 
 Uso da Cedilha (ç)

 Cedilha é um sinal que se coloca na letra C antes de: a, o ,u ou seja ça, ço, çu.
 A cedilha dá ao C o som de SS.
 Exemplos: laço,carroça,Iguaçú.

 Emprego da cedilha

 Colocamos a cedilha debaixo do C pra lhe dar o som de S inicial. Observe ...os exemplos: criança- moço- pontuação- almoço- açúcar- caça.
Atençao: Não se usa cedilha em ce, ci, nem no início das palavras.
 Exemplos: cinco - circo- centro cenoura.
Só se usa cedilha em ça, ço, çu.

 Conclusão: Na palavra VOCÊ não existe cedilha.

sábado, 22 de outubro de 2011

Por que existem vários jeitos de escrever "por quê"?

    
    
      No latim classico havia duas palavras: "quare" para perguntar e "quia" para responder. Mas, em português, prevaleceu a expressão do latim vulgar, pro quid, que passou a exercer dupla jornada em perguntas e respostas. "Para diferenciar, alguém teve a ideia de escrever um junto e o outro separado", explica Caetano Galindo, linguista da Universidade Federal do Paraná. Os registros mais antigos dessa distinção são do século 13, mas, em 1500, Pero Vaz de Caminha ainda se atrapalhava na carta do descobrimento.
     De um modo geral, os porquês devem ser usados assim:

     POR QUE separado e sem acento quando introduz perguntas e quando substitui "qual motivo" e "qual razão":
     Por que vai sair mais cedo?

     PORQUE junto e sem acento é o das respostas. Pode ser substituído por "pois":
     Porque tenho um compromisso.

    POR QUÊ separado e com acento é usado quando o "que" é tônico, o que fica mais claro quando ele está proximo de um sinal de pontuação.
      Você vai sair mais cedo por quê?

     PORQUÊ junto e com acento é substantivo e equivale a "motivo", "razão".
      Quero saber o porquê de você sair mais cedo.

PARA DESCONTRAIR

EM TEMPOS DE ENEM

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

20/10 DIA DO POETA



    Todos nós temos sentimentos e emoções, portanto o potencial para sermos poetas não nos falta. O que precisamos é exercitar a arte de trabalhar as palavras.
     Poeta é aquele que faz versos, que escreve poesias.
    A poesia, ou gênero lírico, ou lírica é uma das sete artes tradicionais, uma forma de linguagem. A poesia é uma linguagem verbal criativa. Uma arte de escrever em versos. Uma forma de se expressar e transmitir sentimentos, emoções e pensamentos.
    Antigamente, as poesias eram cantadas, acompanhadas pela lira, um instrumento musical muito comum na Grécia antiga. Por isto, diz-se que a poesia pertence ao gênero lírico.
  •   Olavo Bilac
  •   Elias José
  •   Oswald de Andrade
  •   Cora Coralina
  •   Carlos Drummond de Andrade
  •   Cecílía Meireles
  •   Manuel Bandeira
  •   Fernando Pessoa
  •   Vinícius de Morais
  •    Mário Quintana
Segue uma linda definição sobre o poeta pelo grandioso Fernando Pessoa:
O poeta é um fingidor
Finge tão completamente
 Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
 E os que lêem o que escreve
Na dor lida sentem bem
Não as duas que ele teve
 Mas só as que ele não têm
E assim nas calhas de roda
 Gira, a entreter a razão
 Esse comboio de corda
Que se chama coração.
Fernando Pessoa

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

O PROFESSOR

15 DE OUTUBRO - DIA DO PROFESSOR



Professor, "sois o sal da terra e a luz do mundo".
Sem vós tudo seria baço e a terra escura.
Professor, faze da tua cadeira
a cátédra de um emstre.
Se souberes elevar teu magistério,
ele te elevará a magnificência;
Tu és um jovem, sê, com o tempo e a competência,
um excelente mestre.

Meu jovem professor que ensina e quem mais aprende?
O professor ou o aluno?
De quem maior responsabilidade na classe,
do professor ou do aluno?
Professor, ser um mestre. Há uma diferença sutil
entre este e aquele.
Este leciona e vai prestes a outros afazeres.
Aquele mestreia e ajuda seus discípulos.
O professor tem uma tabela a quem se apega.
O mestre exerce qualquer tabela e é sempre um mestre.

Feliz é o professor que aprende ensinando.
A criatura humana pode ter qualidades e faculdades.
Podemos aperfeiçoar as duas.
A mais importante faculdade de quem ensina
é a sua ascedência sobre a classe.
Ascendência é uma irradiação magnédica, dominadora
que se impõe sem palavras ou gestos,
sem criar atritos, ordem e aproveitamento.

É uma força sensível que emana da personalidade
e a faz querida e respeitada, aceita.
Pode ser consciente, pode ser desenvolvida na escola,
no lar, no trabalho e na sociedade.
um poder condutor sobre o auditório, filhos dependentes, alunos.
É tranquila e atuante. É um alto comando obscuro
e sempre presente. É a marca dos líderes.

A estrada da vida é uma reta marcada de encruzilhadas.
Caminhos certos e errados, encontros e desencontros
do começo ao fim.
Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina.
O melhor professor nem sempre é o de mais saber,
é sim aquele que, modesto, tem a faculdade de transferir
e manter o respeito e disciplina da classe.

CORALINA, Cora. Vintém de Cobre - Meias coffisões de Aninha. São Paulo: Global, 1997

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

TROPEÇOS DA INTELIGÊNCIA

      Há a história dos dois ursos que caíram numa armadilha e foram levados para um circo. Um deles, com certeza mais inteligente que o outro, aprendeu logo a se equilibrar na bola e a andar no monociclo, o seu retrato começou a aparecer em cartazes e todo o mundo batia palmas: "Como é inteligente". O outro, burro, ficava amuado num canto, e por mais que o treinador fizesse promessas e ameaças, não dava sinais de entender. Chamaram o psicologo do circo e o diagnostico veio rápido: "É inútil insistir. O Q.I é muito baixo..."
      Ficou abandonado num canto, sem retratos e sem aplausos, urso burro, sem serventia... O tempo passou. Veio a crise economica e o circo foi à falência. Concluíram que a coisa mais caridosa que se poderia fazer aos animais era devolvê-los às florestas de onde haviam sido tirados. E, assim, os dois ursos fizeram a longa viagem de volta.
      Estranho que em meio à viagem o urso tido por burro parece ter acordado da letargia, como se ele estivesse reconhecendo lugares velhos, odores familiares, enquanto seu amigo de Q.I alto brincava tristemente com a bola, último presente. Finalmente, chegaram e foram soltos. O urso burro sorriu, com aquele sorriso que os ursos entendem, deu um urro de prazer e abraçou aquele mundo lindo de que nunca esquecera. O urso inteligente subiu na sua bola e começou o número que sabia tão bem. Era só o que sabia fazer. Foi então que ele entendeu, em meio às memórias de gritos de crianças, cheiro de pipoca, música de banda, saltos de trapezistas e peixes mortos servidos na boca, que há uma inteligência que é boa para circo. O problema é que ela não presta para viver.
 
Rubem Alves