Carlos
Drummond de Andrade ganha dia em sua homenagem na segunda (31/10)
Projeto do Instituto Moreira Salles celebra o Dia D, amanhã, 31 outubro de
2011 quando Carlos Drummond de Andrade completaria 109 anos. A proposta é criar
data especial em homenagem ao poeta.
Ø Carlos Drummond de
Andrade nasceu na cidade de Itabira do Mato de Dentro, em Minas Gerais. Criado
sob rígida educação católica, o primeiro colégio que o poeta estudou foi o
Grupo Escolar Coronel José Batista.
Ø Aos 13 anos Drummond foi
convidado para dar palestras no Grêmio dramático e Literário Artur de Azevedo.
Ø Em 1918, o poeta foi
matriculado no internato Anchieta, da Companhia de Jesus, na cidade de Nova
Friburgo, mas foi expulso aos 17 anos porque se desentendeu com o seu professor
de português. Nesta época, o poeta era conhecido como “general” por causa de
seu jeito altivo.
Ø Em 1920 a família dele
mudou-se para Belo Horizonte. Os primeiros trabalhos do poeta começaram a ser
publicados no jornal Diário de Minas na seção “Sociais”. A vida na capital
mineira permitiu que ele conhecesse escritores e políticos que freqüentavam a
Livraria Alves e o Café Estrela.
Ø Quando já morava em Belo
Horizonte havia dois anos, o conto “Joaquim no Telhado” rendeu ao poeta um
prêmio de 50 mil-reis. Passou a publicar seus trabalhos também no rio de
Janeiro.
Ø EM 1923, o poeta
resolveu fazer uma faculdade e se matriculou Escola de Odontologia e Farmácia
em Belo Horizonte.
Ø Os primeiros contatos
entre Drummond e os modernistas aconteceram em 1924. Conheceu os poetas Mário
de Andrade e Oswald de Andrade e a pintora Tarsila do Amaral.
Ø Drummond se casou com
Dolores Duarte de Morais em 1925 e voltou para Itabira, onde passou a dar aulas
de Geografia e Português no Ginásio Sul-americano.
Ø A revista Antropofagia,
de São Paulo, publicou seu poema “No meio do caminho”, que se transformou em um
escândalo literário. Drummond foi um dos ativistas da semana de 22. Passado
muitos anos, mais maduro, firmou que, embora o movimento tenha sido importante
para a literatura nacional, “permitiu que todo mundo que não sabia escrever,
escrevesse”.
Ø Sua única filha, Maria
Julieta, nasceu em 1928. Drummond atuou na Secretaria de educação de Minas
Gerais e ocupou diversos cargos ligados à educação e à cultura tanto em Minas
como no Rio de Janeiro.
Ø O poeta, que sempre fez
questão de levar uma vida reclusa, começou a dar entrevistas só em 1984,
mostrando-se uma pessoa afável e melancólica. Já velho e magrinho, costumava
caminhar todas as tardes pela praia de Copacabana, no Rio de Janeiro.
Ø Dias antes de morrer,
Drummond disse a sua médica, Elizabete Viana de Freitas:
Ø “Ah, Elizabete, eu sei que você não pode, mas o que eu
queria mesmo era um infarto fulminante”.
Ø O poeta morreu no dia 17
de agosto de 1987, de problemas cardíacos, 12 dias depois da morte de sua filha
Maria Julieta. Ela tinha 59 anos e passou dois anos lutando contra um câncer.
Pai e filha chegaram a travar uma disputa verbal para ver quem morreria antes,
de forma que o primeiro não sofresse com a perda do outro. No velório de Maria Julieta, Drummond disse a um amigo: Isto não está certo, ela deveria ficar para
fechar os meus olhos.
Ø Drummond era agnóstico e
pediu que nenhuma homenagem ou oração fossem feitas em seu sepultamento. Também
não queria cruz ou símbolos religiosos . Seu enterro, realizado no cemitério
São João Batista, no Rio de Janeiro, reuniu cerca de 880 pessoas, entre amigos,
parentes, artistas, políticos e fãs. Seu corpo foi enterrado ao lado da filha.
Ø O ano de 2012 vai marcar
os 110 anos de nascimento de Carlos Drummond de Andrade e os 25 de sua morte,
datas que prometem uma série de novidades. O poeta vai ganhar casa nova, ou
seja, depois de 27 anos tendo seus livros publicados pela Record, a Companhia
das Letras começa a reeditar toda a obra do escritor, com novo projeto gráfico
e conselho editorial próprio. Drummond também será homenageado em Paraty, já
que será o tema da Flip do próximo ano.
(TEXTO ADAPTADO DE O GUIA DOS CURIOSOS - Marcelo Duarte)
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